Blog

Conheça as tendências para o turismo em 2021

Conheça as tendências para o turismo em 2021

Embora o coronavírus tenha derrubado o mercado do turismo em 68,1%, um estudo apontou um crescimento das atividades no ramo em junho deste ano. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou esses dados, indicou um aumento de 19,8% em relação a maio. Dessa forma, apesar da queda em relação a 2019, a projeção é de mais períodos com melhoras.

A mesma pesquisa informou que os serviços dessa categoria obtiveram alta de:

  • 26,1% em Santa Catarina;
  • 23,7% no Rio de Janeiro;
  • 19,6% em São Paulo.

Além disso, novas formas de viajar devem cair no gosto do público.

O turismo para home office

A adesão ao trabalho à distância para manter o afastamento social abriu brechas para novas maneiras de empreender. Além da locação de escritórios compartilhados, como aposta a empresa estadunidense WeWork, outros modelos de negócio se tornaram populares. Um deles é a viagem para home office, adotada para quebrar a rotina, muitas vezes, estressante dos ambientes caseiros.

Uma pesquisa feita pela empresa ClearPath Strategies para o Airbnb, nos Estados Unidos, revelou que 83% das pessoas questionadas sobre o tema são a favor dessa prática. Além disso, 60% dos pais e mães entrevistados viajariam com os filhos e exerceriam suas funções remotamente caso o ensino à distância continuasse vigente.

As viagens das saudades

Apesar da eficiência cientificamente comprovada do isolamento social, existem pontos negativos na medida. O distanciamento entre as famílias e amigos, por exemplo, é um dos fatores que fundamentam as crises de ansiedade nesse período. Nesse sentido, passeios para reaproximar e fortalecer relacionamentos, dentro de um ambiente seguro, tem se tornado alternativa.

Essa característica fomenta o turismo local, visto que a vontade de mudar a rotina se torna, cada vez mais, uma necessidade para alguns indivíduos. Na mesma amostragem coletada pela ClearPath Strategies, essa situação se ilustra de maneira explícita. O relatório indica que 36% das pessoas consultadas sonham diariamente com viagens, número que aumenta para 47% quando se trata de funcionários em home office.

O aumento das excursões domésticas

Uma vez que a necessidade de mudança se faz presente, a conveniência de destinos locais chama a atenção. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Turismo, do IBGE, aponta que 96,1% das viagens em 2019 foram para dentro do Brasil, número que representa 20,6 milhões de indivíduos. Apesar disso, a maioria dos casos não foi em busca de lazer.

Enquanto 31,5% dos eventos aconteceram por esse motivo, 36,1% dos roteiros pessoais foram baseados em visitas a parentes. Dessa forma, mais da metade das hospedagens de quem recebe até dois salários mínimos aconteceram na casa de familiares e amigos. Por fim, a força de São Paulo foi o destaque dos dados coletados naquele momento.

Ao mesmo tempo que o estado faz parte da área que mais emitiu turistas para outros territórios, também foi o que mais recebeu em todo o Brasil. Foram 18,9% do total de viajantes, acompanhado por Minas Gerais, com 12,8%. Mesmo assim, apesar da liderança com folga, outras regiões ganharam notoriedade na lista das mais visitadas daquele período, como é possível analisar a seguir:

  • O Sudeste teve 39,5%;
  • O Nordeste teve 27,8%;
  • O Sul teve 16,5%;
  • O Centro-Oeste teve 8,4%;
  • O Norte teve 7,9%.

Os novos aspectos fundamentais

A partir do momento que essas novas maneiras para desfrutar de viagens se tornaram populares, o conceito de conforto se modificou. Enquanto a calmaria e a estrutura eram fatores de destaque, outras características ganharam mais espaço e devem predominar em algumas escolhas.

A higiene do ambiente talvez seja a principal delas. O medo e a cautela para evitar e combater o coronavírus faz com que esse aspecto seja tão necessário quanto jamais foi. Além disso, em uma esfera mais diferencial, a qualidade da conexão com a internet também se faz cada vez mais essencial, principalmente com o aumento do home office.

Esse segmento cresceu tanto que, em 2014, a Forbes publicou uma matéria sobre o hotelwifitest.com. Como o nome sugere, a página indica hotéis a partir da avaliação de hóspedes sobre o serviço de internet no local. A ideia chamou tanta atenção que também foi avaliada por jornais como o The New York Times, Bloomberg, Fox News e outros. A Time chegou a colocar o endereço na lista dos 50 melhores sites daquele ano.

Os principais destinos para lazer

O brasileiro se mostrou um ser praiano conforme os dados da PNAD. Mais de um terço das viagens para lazer, um total de 34,3%, foram para frequentar os litorais. Depois disso, os interesses culturais conquistaram espaço, somando 27,2%. Nas classes mais altas, essa porcentagem aumenta e atinge sua maior marca, com 34,4%.

Apesar da similaridade temática, patrimônios naturais são definidos como outra categoria e assumem a terceira posição nessa lista. Ao todo, os destinos dessa seção equivalem a 25,6% do conjunto acompanhados, por fim, dos deslocamentos com finalidade profissional, com 13,5% dos casos.

A vontade do brasileiro para 2021  

Apesar da aplicação da vacina contra o coronavírus estar sob uma ótica nebulosa no Brasil, alguns viajantes já começaram a planejar seus próximos destinos. Uma pesquisa virtual feita empresa Hibou em parceria com o centro de informações turísticas Vou Para New York (VPNY) apontou os principais caminhos que devem ser seguidos por brasileiros entre o final de 2020 e início de 2021.

O turismo em território nacional ainda é preferência para os primeiros momentos pós-pandemia. Porém, ao idealizar visitas ao exterior, as pessoas desejam, a princípio, a Europa. O continente é o topo da lista de desejos de 16,9% dos entrevistados. Em seguida, a América do Norte conquista 8,9% desses indivíduos. Além disso:   

  • A América-Latina tem 5,5%;
  • A Oceania tem 2,6%;
  • A África tem 2%;
  • A Ásia tem 1,7%.

Mesmo com o réveillon pedindo passagem, 8,8% dos que responderam que ainda não sabem o que escolher. Ao todo, 29,5% brasileiros, ou 3 em cada 10, tem vontade de viajar, mas não vão fazer isso. Por fim, 12% declararam não querer e nem projetar algo do tipo.

Comentários