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O que esperar da hotelaria em 2022?

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Cenário nebuloso deve contar com crescimento no início do ano

Apesar de se manter como uma incógnita entre analistas do setor, o mercado da hotelaria tende a melhorar em 2022, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Consequentemente, essa área:

  • Deve retomar parte dos vínculos empregatícios;
  • Pode planejar novos investimentos internos;
  • Viabiliza a ação de novos acionistas.

Quer saber mais sobre as perspectivas da hotelaria no ano que vem e entender como crescer diante desse cenário? Continue no nosso artigo.

O fim de 2021

Conforme mostramos em outro material, o fim de 2021 foi definido pela Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV) como um dos momentos mais promissores desse mercado desde o início da pandemia. Segundo a entidade, a demanda por viagens cresceu consideravelmente no último trimestre desse ano, principalmente no contexto doméstico.

O resultado desse contexto foi a disseminação de uma visão extremamente positiva, compartilhada por diversos empreendedores do meio. Conforme apontou uma sondagem da entidade, 60% das agências nacionais estavam otimistas com 2022, e já projetavam um aumento entre 50% e 60% no faturamento do período.

O início de 2022

Acompanhando os resultados do fim de 2021, os primeiros meses de 2022 também podem ser considerados muito promissores, conforme o relatório da ABAV. Segundo a entidade, diversos pacotes tem sido procurados para o período, sendo eles:

  • 32,1% de férias em família;
  • 16,7% de viagens individuais por múltiplas cidades;
  • 14,1% de viagens em grupo;
  • 9% de viagens para casais.

Passado esse momento, novos cenários devem se estruturar na hotelaria brasileira, desencadeando uma melhora considerável nesse meio.

‘O ano da reestruturação’

O positivismo do setor em relação a 2022 vai desde os empreendimentos mais modestos até colossos do mercado. Para ilustrar esse ponto, basta analisar algumas das afirmações feitas por Jayme Canet Neto, diretor-presidente dos Hotéis Deville, ao portal Mercado & Eventos.

Segundo o mandatário, é inegável que os dois primeiros anos da pandemia foram os mais desafiadores, visto que “(…) os 15 meses entre março de 2020 e junho de 2021 deixaram como legado o período mais difícil da história da hotelaria, com fechamentos de hotéis, demissões, grandes prejuízos e descapitalização do setor”. No entanto, o líder destaca que “(…) 2022 será o ano da recuperação, ultrapassando 2019 em valores históricos em alguns mercados”.

De fato, algumas marcas já iniciaram o ano com altas expectativas de crescimento, como a rede de luxo Four Seasons Hotels and Resort. Para 2022, a companhia planeja expandir sua marca através de quatro novos espaços, sendo eles:

  • Four Seasons Resort, em Jalisco, no México;
  • Four Seasons Hotel and Residences, em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos;
  • Four Seasons Hotel, em Minneapolis, nos Estados Unidos;   
  • Four Seasons Hotel and Private Residences, em Nashville, nos Estados Unidos.

Apesar de ser uma companhia estrangeira, a perspectiva da Four Seasons Hotel and Resort é compartilhada por empreendedores brasileiros. Ao Hotelier News, Paulo Michel, CEO da Louvre Hotels Group, destacou que a empresa tem “(…) três hotéis programados, e estamos negociando mais alguns”.

Além disso, a marca tem registrou uma estabilidade extremamente positiva compreendendo o fim de 2021 e o início de 2022. Segundo o portal, o Tulip Inn Rio de Janeiro Ipanema, um dos espaços de maior quilate da companhia, esteve completamente ocupado em 15 de setembro, no Dia da Proclamação da República, e ainda está com seu inventário integralmente reservado até abril de 2022.

Além da hotelaria…

O turismo, de modo geral, tem compartilhado a confiança desse setor, expandindo essa visão a outros empreendimentos do meio. Conforme comunicou Fernando Collor (Pros-AL) eu um debate realizado na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) em 13 de dezembro de 2021, a melhora tem gradual tem sido acompanhada com dedicação por empresas dessa categoria.

Segundo ele, “(…) o cenário atual nos autoriza a termos otimismo, mas com certa cautela. O avanço da vacinação em nosso país tem permitido uma queda drástica nos números de infecção e mortalidade. Aos poucos a vida vai retornando à normalidade, e o setor turístico tem se adaptado com rapidez às exigências do tempo pós-pandemia”.

Dados da CNC reforçam essa ótica, conforme explica o economista da entidade, Fabio Bentes. Ao conversar com a CNN sobre o tema, o profissional estimou que a recuperação plena desse mercado deve ocorrer até junho de 2022. No texto, ele afirma que “(…) com a vacinação da população e a flexibilização das restrições impostas pela pandemia, acreditamos que o setor poderá se recuperar, sim, antes da metade do próximo ano”.

Afinal, de modo geral, o que devemos esperar?

A disseminação de novas variantes do coronavírus mantém a nebulosidade sobre o cenário de 2022, que ainda não pode ser previsto com especificidade. Mesmo assim, assim como reforçamos anteriormente, a perspectiva do mercado do turismo aliado à do próprio setor da hotelaria preveem uma melhora constante.

Em 4 de novembro de 2020, o futuro dessa categoria foi discutido em um dos painéis apresentados no Expo Forum Visit SP, organizado pelo São Paulo Convention & Visitors Bureau em parceria com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e com a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo. No material foram apresentados dados que reforçam o otimismo desse meio, como o faturamento do turismo tendo seu quinto mês consecutivo de recuperação.

Mesmo assim, representantes desse mercado continuam alertando para a baixa de investimentos, sugerindo planos econômicos mais conservadores baseados no cenário estrangeiro, como explica Pedro Cypriano, parceiro de gerenciamento da HotelInvest. Segundo ele, “(…) é importante não fecharmos os olhos para o que está acontecendo fora do Brasil. A curva da segunda onda que está atingindo países da Europa e Estados Unidos pode atingir outros mercados. Por isso, é importante criar algumas reservas para eventuais problemas que possam surgir no futuro”.

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