Atividades do setor podem ser desenvolvidas de maneira mais eficiente em diversas camadas
Para promover o bem-estar organizacional mesmo em tempos pandêmicos, o ramo da hotelaria deve investir na preservação da saúde mental de seus colaboradores. Consequentemente, as seguintes metas podem ser atingidas:
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Em linhas gerais, a saúde mental é um aspecto fundamental para lidar com sentimentos e situações extremamente distintas. Por isso, administrar corretamente esse fator afeta diretamente as relações internas e externas de diversos indivíduos, impactando no desempenho de ações pessoais e profissionais.
O descontrole desse aspecto pode promover consequências muito perigosos, conforme apontou um material publicado pela BBC News Brasil. Segundo a empresa, “(…) a insatisfação com o trabalho tende a acumular-se ao longo do tempo, até que um incidente isolado deflagre a demissão real. E ter um espaço seguro para onde ir – como grande quantidade de opções de trabalho, outra fonte de renda (como o seguro-desemprego) ou uma oportunidade em vista (como uma formação escolar) – pode fazer com que seja mais fácil puxar o gatilho”.
Outro estudo, dessa vez desenvolvido pelo Centro de Controle e de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, sugere um diagnóstico complementar ainda mais grave. Conforme a pesquisa, 80% dos adultos com depressão demonstram alguma dificuldade em suas atividades sociais, em suas casas ou em seus ambientes de trabalho devido aos sintomas dessa doença.
Além do “mal do século”, outras enfermidades similares complementam as dores brasileiras. Por aqui, 72% da população possui alguma sequela causada pelo estresse, segundo dados coletados pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) em parceria com a Betânia Tanure Associados.
Administrar negócios que exigem o atendimento e a gestão de público fazem da saúde mental em ambientes empresariais uma característica ainda mais relevante. Consequentemente, lidar com esse tema na hotelaria impacta diretamente todas as camadas organizacionais.
Entre colaboradores, o esgotamento causado por esse ponto se percebe de maneira mais explícita, conforme explica a doutora Luciana Mancini Bari, clínica geral no Hospital Santa Mônica. Em entrevista cedida ao portal da entidade, a psiquiatra afirma que “(…) nem todos os trabalhadores estão preparados para trabalharem nesse ritmo [mais intenso], o que acaba gerando muito desgaste físico e mental”.
Entre consumidores, esses empecilhos podem se transformar em insatisfações, promovendo resultados negativos em inúmeros aspectos. Em um texto publicado em sua coluna na revista Exame, o empresário Márcio Oliveira destaca uma frase extremamente simbólica do livro Feitas para servir – como lucrar colocando o cliente no centro do seu negócio, de Anne Morriss e Frances Frei. Na sentença, seus autores afirmam que “(…) um serviço de qualidade excepcional não decorre de uma atitude ou de um esforço, mas de escolhas de design feitas ao conceber um modelo de negócio”. Consequentemente, são explícitos os impactos organizacionais e financeiros que esses problemas podem causar.
Conforme mostrou o material publicado pelo Hospital Santa Mônica citado anteriormente, existem três pilares frontalmente relacionados à saúde mental de colaboradores no meio corporativo. São eles:
O Ministério da Saúde define a Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, como “(…) um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante”.
Mesmo sendo frequentemente menosprezada em ambientes profissionais, a Síndrome de Boreout é uma das diversas enfermidades listadas na Classificação Internacional de Doenças, desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Resumidamente, esse problema pode ser causado pela baixa carga de atividades aliada a trabalhos administrados incorretamente.
O estresse excessivo pode ser considerado um dos principais materiais responsáveis pela unificação de todos os pontos anteriores. Afinal, através dele esses cada um desses problemas se intensifica, agravando ainda mais esse cenário.
Compreendendo esses conceitos, se fazem necessários os primeiros movimentos visando a redução dos impactos de cada um.
Na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não constam recomendações referentes a maneiras eficientes de se administrar a saúde mental de colaboradores. No entanto, existem regras que atingem diretamente esse ponto, mesmo que muitas companhias as desconsiderem. Entre as principais, estão:
Parágrafo único – sendo o número de dias inferior a 30, adotar-se-á para o cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês.
Parágrafo único – nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
Além de cumprir com os requisitos mínimos definidos pela lei, vale destacar a participação da empresa através de atividades ocupacionais que aliviem o desgaste do cotidiano, como a promoção de sessões de terapia, o incentivo à prática de exercícios físicos, entre outras.
Por mais que pareçam medidas simples, os resultados dessas ações poderão ser percebidos a curto, médio e longo prazo, conforme sugeriu um estudo desenvolvido pela Universidade da Califórnia. Publicada em 2019, a pesquisa identificou um aumento de produtividade de 31% em trabalhadores felizes. Por esses e por outros pontos apresentados anteriormente, investir na saúde mental de colaboradores é fundamental.
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